terça-feira, 20 de maio de 2008

Lula diz que fará sucessor e ironiza oposição

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a rebater críticas da oposição e, sob gritos pedindo um terceiro mandato, disse que vai deixar o governo, mas garantiu que, até lá, terá um nome capaz de sucedê-lo no posto. "Eu ainda não tenho nem candidato nem candidata. Mas vou ter e vamos eleger nosso candidato para poder seguir a nossa política", disse Lula, durante ato de início das obras de habitação do Programa de Aceleração do Crescimento em Santo André (SP), ao lado da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, cotada como sua provável candidata na eleição presidencial de 2010. A ministra também recebeu gritos da platéia, com o grito "olê, olê, olá, Dilmá, Dilmá".
Repetindo discurso feito nas últimas semanas, Lula ironizou afirmações da oposição de que o sucesso de seu governo é resultado de sorte. "Aqueles que achavam que nós íamos levar o Brasil para o buraco, aqueles agora inventaram o seguinte: ah, o Brasil está dando certo porque o Lula tem sorte. Esse Lula tem uma sorte danada", disse o presidente. "Agora, eu pergunto aqui, quem é a mulher que casa com o homem que não tenha sorte? Quem é o homem que vai casar com uma mulher azarada? Olha, Deus queira que daqui para frente o Brasil só eleja um presidente com muita sorte. O cara que tem azar é o cara que perde as eleições."
Além da oposição, a imprensa também foi alvo de críticas. "Nem sempre a imprensa diz tudo o que está acontecendo no Brasil. Às vezes, se a gente quiser saber mais a gente lê a imprensa internacional, que fala bem", disse Lula. "Nunca vi como a imprensa espanhola, alemã, americana, inglesa gosta tanto do Brasil. A nossa demora mais para enxergar." O presidente afirmou que o esforço para promover o desenvolvimento econômico tem por objetivo melhorar a qualidade de vida da população carente. "Estamos dando cidadania para as pessoas", afirmou. (Agência Estado)

945 cidades perderão verba do MEC

Segundo Ministério da Educação, prefeituras descumpriram prazo para prestar contas dos valores recebidos em 2007.
Programa atende 3,4 milhões de crianças, mas MEC não informou quantas estão nos municípios com o repasse suspenso.
Crianças que moram na zona rural de 945 municípios podem ficar sem transporte para ir à escola. Inadimplentes, as prefeituras vão perder, a partir deste mês, os repasses de verbas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) destinadas a custear a locomoção de alunos matriculados em escolas públicas de ensino fundamental. Os repasses estão previstos no Pnate (Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar). O programa é gerido pelo Ministério da Educação. O Orçamento da União de 2008 destina ao transporte escolar R$ 401 milhões.
O dinheiro ajuda a levar à escola 3,4 milhões de crianças, mas o Ministério da Educação não informou quantas são atendidas nos municípios com o repasse suspenso. A verba sai de Brasília como complemento orçamentário para 5.122 prefeituras. Desse total, 1.032 municípios foram para a lista de inadimplentes.
Pela lei, eles deveriam ter prestado contas do dinheiro que receberam em 2007 até 15 de abril de 2008. Não cumpriram, porém, o compromisso. Prefeitos de 87 cidades enviaram a escrituração do ano passado com atraso. Saíram da lista na semana passada.De acordo com a última atualização, feita na sexta-feira, o cadastro das cidades inadimplentes ainda incluía 945 prefeituras, que ficarão sem os repasses até a prestação de contas.
A lista de municípios inadimplentes está no site do FNDE (www.fnde.gov.br). Nela há o nome de municípios pequenos e de cidades conhecidas. Em São Paulo, por exemplo, o rol de inadimplentes inclui municípios do porte de Assis, Batatais, Bragança Paulista, Catanduva, Guarujá, Guarulhos, Limeira, Marília, Piracicaba e Pirassununga.

Josias de Souza escreve o blog "Nos Bastidores do Poder" no endereço www.folha.com.br/blogs/josiasdesouza

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Só 7 escolas estaduais são de 1º mundo

Somente sete das 5.183 escolas estaduais paulistas possuem qualidade de ensino equivalente à média de países desenvolvidos, segundo dados da própria Secretaria da Educação. Nenhum colégio de 1ª a 4ª séries do ensino fundamental atingiu o patamar. Das sete que alcançaram duas são do ensino médio e cinco de 5ª a 8ª séries.
O desempenho foi apontado no Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo), apresentado ontem pela gestão José Serra (PSDB), que será utilizado para verificar a qualidade de ensino das escolas. A intenção do governo é que os dados sirvam para que os pais acompanhem a evolução do colégio de seus filhos. Também serão utilizados como critério para bônus aos educadores - as secretarias da Fazenda, Planejamento e Gestão ainda definirão as outras variáveis.
O Idesp considera dois fatores: o desempenho dos estudantes em uma prova (o SARESP, do próprio governo) e o tempo que os estudantes demoram para se formar em um ciclo (fluxo escolar). A escala vai de zero a dez.
Além da criação do indicador, a secretaria estabeleceu metas para cada nível de ensino, para cada escola. Há objetivos a serem alcançados anualmente, mas a intenção é que em 2030 a rede esteja com patamares semelhantes aos países da OCDE (entidade que reúne os países desenvolvidos, como Alemanha e Finlândia).
Se estivessem na escala do Idesp, os membros da OCDE teriam média 7 para os primeiros quatro anos do fundamental; 6 para os anos finais desta etapa; e 5 para o ensino médio. Hoje, apenas sete escolas do Estado estão nesses patamares. As melhores no ensino médio segundo o Idesp -e que já estão no nível de países desenvolvidos- são: Papa João 6º, de Santo André (Grande São Paulo), com índice de 6,21, e Baptista Docli, em Dolcinópolis (599 km de São Paulo), que obteve 5,39. As médias na rede são 3,23 (1ª a 4ª); 2,54 (5ª a 8ª); e 1,41 (ensino médio).
Para a secretária da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, a qualidade na rede é baixa "porque nos últimos anos buscou-se colocar todos os alunos na escola; agora, é preciso trabalhar a qualidade".
Já a APEOESP (sindicato dos professores) atribui o baixo desempenho às más condições de trabalho, como salas superlotadas e salários baixos.
Da Folha de S. Paulo

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Perplexidade e ceticismo

A Ministra Marina Silva do Meio Ambiente pediu demissão em caráter irrevogável na última terça-feira. Ela estava no governo desde 2003.
Do meu ponto de vista, além de eficiente, essa mulher é uma reserva moral de nosso país. Assim que soube da sua demissão, sem saber se o motivo é puramente pessoal, político ou qualquer outro, pus-me a refletir sobre nossa realidade. Marina Silva, mesmo estando em um dos mais importantes ministérios do Governo Lula, pouco aparecia na grande imprensa nacional que só noticia desgraças. Ela ficou mais conhecida no exterior do que no Brasil. Vivemos dias muito difíceis onde campeia o oportunismo. Tudo indica que nosso futuro imediato é muito opaco, incerto. Há uma espécie de cortina de fumaça impedindo-nos de ver o concreto. Encho-me de perplexidade e ceticismo toda vez que os bons desistem, pois sei que com isso, os maus prevalecem. Precisamos de tempos em tempos fazer um inventário de nossa própria vida para uma leitura dos fatos. Há um sentimento de irrealidade que nos afeta a todos e nos proíbe de ter coerência. O risco que corremos é o de adotarmos a passividade diante de tantos dossiês, CPIs e impunidades nesse pais onde personagens do Big Brother são chamados de heróis pelos “formadores de opinião” do tipo Pedro Bial. SOCORRO!

Dossiê Rousseff




No dia seguinte à posse de Dilma Rousseff como ministra-chefe da Casa Civil, em 21 de junho de 2005, o Departamento de Estado americano recebeu um documento de quatro páginas enviado por agentes aqui do Brasil através do Consulado dos Estados Unidos em São Paulo. O material traça um perfil completo da ministra, de seu passado de guerrilheira sob o regime militar, quando foi presa e torturada, até o presente de técnica prestigiada, tida como durona. O material não se atém somente ao perfil profissional: detalhes como o gosto musical e a recente dieta adotada por Dilma são citados no documento. É revelado, inclusive, que a dieta da ministra é a mesma que fez o presidente Luiz Inácio Lula da Silva perder peso. Pelo que tudo indica, a espionagem da CIA sabe mais do que os tucanos acerca da sucessão na presidência da República do Brasil.

Marta e Erundina

Apesar da grande resistência do PSB paulista em apoiar a candidatura do PT à Prefeitura de São Paulo, a deputada federal Luiza Erundina (PSB) afirmou que aceita ser a vice na chapa da ministra do Turismo, Marta Suplicy (PT). Erundina disse que recebeu o convite da própria Marta. O problema é que Ciro Gomes, que tem muita força dentro do PSB nacional, não quer fortalecer a candidatura da Marta por ser ela uma possível candidata à presidência pelo PT em 2010. Como já sabemos, Ciro alimenta a esperança de ser o candidato do Lula. Lamentavelmente, em política o que prevalece é a desconstrução acima da construção.

“Se os governantes quisessem o que está certo, tê-lo-iam obtido há muito tempo”. (William Hazlitt)

Tucanos alvoroçados

De acordo com matéria veiculada no jornal A Notícia na semana passada, parece que a decisão dos tucanos aqui da Estância não será aceita pela Executiva Estadual. O fato é que na reunião do dia 26 de abril o tucanato da Estância Turística de Batatais decidiu apoiar incondicionalmente a reeleição do Prefeito Romagnoli sem exigir nem mesmo o cargo de vice-prefeito, enquanto a direção estadual está preferindo lançar candidatura majoritária e condicionar qualquer apoio à indicação do vice-prefeito. Por mais que o tucanato local demonstre tranqüilidade, na verdade estão alvoroçados.

“Se você não pode convencê-los, confunda-os”. (Harry S. Truman)

Para mentir ao torturador

O ato de Agripino Maia tentando pôr uma de suas vítimas no lugar que ele mesmo ocupou um dia não foi só desprezível, foi revelador do tipo de gente que compõe a oposição ao governo Lula.



O senador pelo "Democratas" do Rio Grande do Norte José Agripino Maia, iniciou sua carreira política em 1979 no PDS, sigla em que se converteu a Arena, o partido da ditadura militar. Tinha, então, 34 anos. Era, portanto, um homem feito, que, em seu juízo perfeito, filiou-se ao partido que dava sustentação ao "regime de exceção" que ele, enquanto interrogava a ministra Dilma Rousseff, disse ter medo de que estivesse "voltando", ao insinuar que ela mente quando diz que não mandou fazer qualquer dossiê sobre os gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, pois disse, um dia, que "mentiu muito" àqueles que a torturaram na flor de sua mocidade, aos 19 anos. Manchete do portal UOL veiculada no dia do fato que ora comento, dizia que Dilma "se exaltou" com a pergunta do ex-correligionário dos torturadores do regime militar. Eu não diria que ela "se exaltou". Falou com segurança e domínio do verbo, mas permitiu que a indignação, diante de tal absurdo, de tal inversão da verdade e da lógica, permeasse sua fala.
Não é fácil mentir ao torturador. Digo isso não por experiência própria, porque, graças a Deus, ao tempo em que as pessoas eram presas e torturadas por suas opiniões eu ainda era criança. Quando atingi a mocidade, os correligionários políticos de Agripino Maia ainda torturavam, mas era muito mais raro. Além disso, não me envolvi com política na mocidade. Contudo, não me faltam amigos que viveram o que viveu aquela jovem de 19 anos que teve uma coragem que muito poucos homens feitos tiveram, de mentir a torturadores.A tortura, segundo me foi revelado por vítimas dela que conheci, faz o torturado compactuar de tal maneira com cada desejo do torturador que até pode mentir, sim, mas para satisfazê-lo. Contudo, quando o torturador quer extrair informações e não consegue, porque o torturado mente, mente muito, como Dilma declarou um dia que fez nos porões da ditadura, é preciso que a vítima tenha uma fibra, um apreço a ideais e à democracia que está ao alcance de muito poucos, repito. Sobretudo se o torturado for tão jovem quanto era a ministra.
Alguém que se uniu a um grupo político que dava sustentação a ditadores criminosos, que compactuavam com atos como os que vitimaram Dilma Rousseff e a tantos outros acusar uma das vítimas de sua cumplicidade criminosa de praticar atos que tal acusador praticou um dia, ainda que por vias tortas, deveria afrontar qualquer pessoa decente. Foi assim que me senti ao ver o vídeo da cena: afrontado.
O ato de Agripino Maia tentando pôr uma de suas vítimas no lugar que ele mesmo ocupou um dia não foi só desprezível, foi revelador do tipo de gente que compõe a oposição ao governo Lula.




Eduardo Guimarães, autor deste texto é presidente do Movimento dos Sem-Mídia

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Vereadora Maria das Graças

Em conversa com a vereadora, Maria das Graças (PMDB) em um intervalo da reunião da Câmara Municipal desta semana a ferrenha oposicionista lembrou que desde o início do mandato do Prefeito Romagnoli ela havia previsto que ele não faria a ETE – Estação de Tratamento de Esgoto e nem as casas populares que eram suas principais promessas de campanha.
Segundo a vereadora, muito se fala na imprensa sobre estes dois assuntos, mas quem observa o andamento dos fatos percebe que o seu mandato terminará e como sempre, Romagnoli não cumprirá o que promete.
Os dez milhões do empréstimo do PAC para serem pagos pelos próximos prefeitos ainda não está disponível. Certamente o nobre Alcaide irá pleitear outro mandato para cumprir as promessas do primeiro.

“Política é a arte de governar com o máximo de promessas e o mínimo de realizações”

(Júlio Camargo).

PSB se fortalece em Batatais

A decisão do PSDB de apoiar incondicionalmente o Prefeito Romagnoli em uma possível campanha de reeleição este ano, fortalece o PSB da Marta Guidolin em Batatais que já recebeu proposta para comandar duas secretarias num possível segundo mandato do atual Prefeito.
Com a visão política que tem, o Alcaide sabe que a mais forte candidatura de oposição este ano seria da Marta Guidolin e, portanto, se trouxer o PSB para o trem bala para ocupar a vaga deixada pelo PMDB, nem precisará se esforçar muito durante a campanha de reeleição.
Por outro lado, o risco que o PSB corre é grande, pois implodirá qualquer pretensão futura de candidatura da Marta Guidolin.

“Em política, um acordo verbal tem a duração de um cubo de gelo em copo de bebida” (AD)

PSDB fica no óbvio

Sem nomes fortes para uma possível candidatura à Prefeitura da Estância, o PSDB fica no óbvio e continua compondo com o Prefeito Romagnoli (PTB). O lado positivo da reunião do partido no dia 26 de abril é que saiu na frente na questão do apoio ao atual governo do qual faz parte e pelo visto pretende crescer ainda mais. É bem melhor ampliar o secretariado do que ter a indicação do vice.
Mas segundo informações divulgadas na edição desta semana no jornal A Notícia, a direção estadual do partido pretende que em cidades do porte de Batatais seja lançado candidato ao cargo majoritário ou pelo menos a vice. Este assunto ainda não está encerrado. Os tucanos precisam se entender!



“Almoço grátis só se encontra em ratoeiras” (AD)