terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Baixaria X Democracia



A jornada eleitoral que está se iniciando aqui em nossa Estância neste ano de 2008, poderá se tornar altamente questionável, uma vez que a disputa caminha para um mar de lamas segundo as previsões da maioria dos observadores. Ao que parece, estamos precisamos de um amadurecimento capaz de realçar os valores cristãos capazes de alavancar tanto o progresso quanto a liberdade individual e a livre iniciativa dos nossos cidadãos.
Em todo o Brasil, as campanhas eleitorais, por si mesmas, tendem a perpetuar os vícios e os arranjos de conveniências de grupos e pessoas. Tal prática impede o amadurecimento da consciência cidadã e inibe a geração de oportunidades individuais.
Os partidos políticos locais, a imprensa e, principalmente os próprios homens públicos precisam dar um basta na baixaria e respeitar as diferenças ideológicas que ainda existem apesar de alguns acharem que não. Divergir programaticamente ou ideologicamente faz parte da liberdade de expressão e de pensamento. Baixaria é sinal de ignorância a respeito da democracia e dos princípios cristãos.
A livre concorrência deve ser respeitada também entre os políticos. Baixaria apenas espanta pessoas de bem que evitam participar de eleições concorrendo a cargos públicos. Afinal, somos todos batataenses e é natural deduzir que queremos o bem da nossa Estância e do nosso povo.
Vamos fazer uma verdadeira mobilização popular exigindo que o debate eleitoral deste ano seja lastreado e conduzido com o mais nobre respeito e com o mais alto grau de cidadania possível. Votar em quem lança mão de baixaria na disputa pelo executivo ou pelo legislativo é o mesmo que legitimar e perpetuar esse modo primitivo, antiético e pernicioso de fazer as coisas. Quanto mais respeitosa for a campanha eleitoral melhor deverá ser o governo de quem for eleito.
A boa gestão da coisa pública envolve amplo debate, franca discussão, decisão e, principalmente, ação. A discussão que pode até ser acalorada sem ser despudorada, acontece durante a campanha eleitoral e prossegue na formação do governo logo após o resultado da votação. A parte de decisão e ação deve prolongar-se pelos quatro anos do mandato.
Promessas de apadrinhamentos e declarações individuais que soam messiânicas devem ser banidas das campanhas eleitorais. Esse negócio de governante dizer “no meu governo” denota autoritarismo e impede a visibilidade devida a um colegiado que deve estar gerindo os negócios públicos executados com o dinheiro do povo.
Coligações como a que vimos na última eleição aqui na Estância colocando em um mesmo grupo candidatos do PCdoB e do PFL (DEM) levantam dúvidas. Os maus exemplos vividos pelos agentes políticos constituem a causa do apodrecimento dos princípios éticos na vida pública.

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