quinta-feira, 25 de setembro de 2008

RELIGIÃO E POLÍTICA: MISTURA PERIGOSA!

A duas semanas das eleições, acaba de ser lançado o livro "Plano de poder", do fundador e líder da Igreja Universal do Reino de Deus, Bispo Edir Macedo. No livro ele prega que Deus tem um plano político para os fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus e para os evangélicos que sejam seus aliados: governar o Brasil. Ele incita os evangélicos à mobilização partidária, seguindo o "projeto de nação" que Deus idealizou para os hebreus no Antigo Testamento. Estimado em 40 milhões de adultos, a comunidade evangélica brasileira tem um grande potencial eleitoral. Segundo Macedo, "Tudo é uma questão de engajamento, consenso e mobilização dos evangélicos. Nunca, em nenhum tempo da história do evangelho no Brasil, foi tão oportuno como agora chamá-los de forma incisiva a participar da política nacional". O número de parlamentares evangélicos chega a 164, incluindo vereadores, deputados estaduais e federais e senadores, distribuídos por 18 partidos. O PRB, partido do Senador Marcelo Crivella, sobrinho do Bispo Edir Macedo, é o que concentra a maior bancada evangélica: dos 28 eleitos, 17 são de grupos evangélicos (61% de seus parlamentares). Criado em 2005, o partido, que tem na legenda o vice-presidente José Alencar, foi o que mais cresceu no ano passado, e é um dos ancoradouros dos pastores-candidatos da Igreja Universal do Reino de Deus. Segundo levantamento do Projeto Excelências, da ONG Transparência Brasil, o segundo maior reduto de evangélicos é o PSC, que, entre seus 47 parlamentares, elegeu 17 evangélicos (36% da bancada). O PMDB é o que tem, em números absolutos, o maior número de evangélicos (25), mas, em termos proporcionais, esse grupo representa apenas 7% do total de 373 parlamentares do partido. Essa mistura de religião com política é perigosa!

“As suas mãos fazem diligentemente o mal; assim demanda o príncipe, e o juiz julga pela recompensa, e o grande fala da corrupção da sua alma, e assim todos eles tecem o mal”.
(Miquéias 7:3)

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